Acúmulo de bens materiais: quais sentimentos estão por trás disso?

Silvia Pahins

quarta-feira, set 27

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As cenas seguintes já são quase um clichê: quem nunca saiu para fazer umas comprinhas em momentos difícil? Ou comprou algo que não precisava porque estava na promoção? Ao repetir essa atitude uma e outra vez, sem perceber vamos criando um acúmulo de bens materiais, que nunca parecem ser suficientes. Por mais que o momento da compra seja prazeroso, essa alegria logo se esvai.

Isso acontece porque quando compramos por impulso, estamos em busca de suprir outras faltas e escondemos nossos medos atrás de coisas materiais. Esses fatores vão além das nossas percepções óbvias. Ou seja, quem age assim, não o faz conscientemente.

Para entender os sentimentos negativos, e as possíveis razões por trás dessa busca incessante pela felicidade por meio de bens materiais, é preciso dar um mergulho interior para buscar as raízes de nossos medos, traumas e crenças limitantes.

Quer entender melhor de onde vêm essas raízes e quais os sentimentos o acúmulo de bens materiais podem nos causar? Continue a leitura e convide você mesmo a uma reflexão voltada para suas atitudes.

Quais sentimentos o acúmulo de bens materiais nos traz?

Você já sentiu que quanto mais compra, mais desorganizadas parecem suas coisas e sua rotina? Quem nunca parou em frente a um armário abarrotado e disse que não tinha nada para vestir? Em meio a tantas coisas, nos sentimos perdidos, estressados e sobrecarregados. Isso acontece porque o excesso de posses nos causa um desconforto interior.

A alegria das compras impensadas é efêmera e mesmo quando os bens adquiridos vão se acumulando, nós continuamos em busca de mais! Essa necessidade de comprar e acumular coisas nos leva ao consumismo, que além de comprometer nossas economias, serve apenas para tapar feridas da nossa vida.

Contudo, as atitudes consumistas não são premeditadas. Pessoas que agem assim não têm consciência das consequências ou razões pelas quais buscam esse acúmulo. Infelizmente, isso também significa que elas têm pouco ou nenhum autoconhecimento e não refletem porquê agem assim.

As raízes por trás do acúmulo de bens materiais

Como dito, atitudes consumistas quase nunca são refletidas. Porém, com o passar do tempo, o acúmulo de bens materiais causa efeitos contrários daqueles pretendidos. Há sempre uma insegurança de que nos vá faltar algo ou de que o que temos nunca é suficiente. A consequência disso é uma busca incessante por mais, na tentativa de preencher vazios que não compreendemos.

Para ajudarmos nessa compreensão, é preciso mencionar brevemente os sete níveis de consciência pessoal, descritos e estudados pelo autor britânico Richard Barrett. Esses níveis dizem respeito às motivações inconscientes inatas ao ser humano, ou seja, nossas necessidades, motivações e propósitos.

O primeiro nível está ligado à sobrevivência e à demanda por satisfazer nossas necessidades fisiológicas e criar um ambiente seguro para nós mesmos. O segundo diz respeito aos relacionamentos e o terceiro à nossa autoestima. Somente a partir do quarto, temos o nível de transformação, isto é, quando conseguimos reconhecer nossa individualidade para nos tornarmos indivíduos autênticos e realizados.

Mas como isso se relaciona com o acúmulo de bens materiais? Toda a necessidade de acumular coisas está ligada aos nossos medos inconscientes! Neste artigo, podemos apontar quatro medos que nos levam a tomar atitudes acumuladoras. Continue a leitura para saber mais!

A busca por segurança

Esta busca está diretamente ligada ao medo da falta; o medo da escassez. Nesses casos, acumulamos para que nunca nos falte nada. Afinal, quem nunca comprou duas blusas iguais porque gostou muito do modelo? Ou estocou grandes quantidades de um mesmo produto que está sempre à venda?

Contudo, essa segurança trazida pelo acúmulo é ilusória. Podemos dar o exemplo de uma pessoa milionária que nunca está satisfeita com sua fortuna e está sempre em busca de mais para sentir-se financeiramente estável. A busca por abundância não tem limites!

Aqui nos cabe a reflexão: precisamos mesmo de tanto para sobreviver? O que aconteceria se nos faltasse alguma dessas coisas? Aparentemente, nada grave, não é mesmo?

Entender essas inseguranças está em descobrir os verdadeiros medos da pessoa, ou seja, de onde realmente vem o medo da falta e a insegurança, que normalmente vão além da falta material. Caso contrário, essas inseguranças nunca serão supridas, mesmo que alimentadas constantemente por compras e posses materiais.

A busca por aceitação

Aqui a pessoa busca ter valor, uma necessidade do nosso terceiro nível de consciência: o da autoestima. Essa busca está ligada também à autoaceitação, a ter um valor e, claro, sermos reconhecidos e nos sentirmos conformes ao que a sociedade espera de nós.

O grande erro nessa busca é acreditar que os bens materiais representam status e nos valorizam como pessoas. Como consequência disso, deixamos de valorizar o ser para valorizar o ter. Esse pensamento causa uma inversão de valores na sociedade e quando as pessoas se sentem mais poderosas e valorizadas pelo que elas têm, as relações passam a se basear em uma busca constante por status e poder.

Há um pensamento de “quanto mais eu tenho, mais eu pertenço ao meio, mais eu me sinto conforme o que a sociedade espera de mim e melhor aceito eu sou”. Contudo, essa luta nunca é verdadeira, pois, mesmo que sejamos “socialmente aceitos”, essa aceitação nunca virá pelo que somos de verdade.

Acreditar nessa aceitação baseada em posses e poder é abrir mão de nos conhecermos melhor e de encontrar nossa própria essência em busca da aprovação de terceiros.

A falta de propósito

Segundo nossos sete níveis de consciência citados anteriormente, encontrar um propósito de vida é corresponde ao quinto nível: a coesão interna. Mesmo que inconscientemente, estamos sempre em busca de dar um sentido e um significado às nossas vidas, e isso consiste principalmente em descobrir seu propósito e planejar um futuro em cima dele.

Um propósito pode ser a realização de um grande sonho, mudar de carreira, encontrar um hobby ou qualquer outra coisa que nos satisfaça espiritualmente. Quando não logramos encontrar esse propósito, somos privados de um sentido e de algo maior que nós, que nos motiva a viver e correr atrás das coisas.

Essa falta acaba destinando grande parte de nossa energia e recursos financeiros para outros rumos, como a posse de bens materiais. Porém, esses bens vêm para tapar buracos que só podem ser preenchidos com o autoconhecimento. entender o seu verdadeiro sentido para viver e como correr atrás dele.

Mas uma coisa é certa, só é possível descobrir esse propósito e tornar a sua vida significativa quando você sabe mais sobre si mesmo e entende que suprir a felicidade materialmente não é algo que faz sentido para o ser humano.

Somente quando esse propósito é encontrado, é possível entrar em contato com os dois últimos níveis de consciência: fazer a diferença e servir sem interesses.

A falsa sensação de prazer

Associar bens materiais ao sucesso e à felicidade é ignorar o que há dentro de você. Possuir não significa que nos sentimos bem-sucedidos, realizados ou felizes. Ao contrário, acumular bens nos traz uma falsa sensação de completude que se esvai rapidamente quando uma compra se torna obsoleta. Por exemplo, quando compramos um smartphone e logo em seguida, já existe um modelo novo que desejamos. Você já deve conhecer essa história, não é?

Curar tristezas e insatisfações por meio de bens materiais é preencher um vazio de forma sem sentido. Sempre ouvimos que dinheiro não traz felicidade e, em casos assim, quando o usamos para compras impulsivas na busca pelo prazer é como tapar feridas em vez de remediá-las. Ou seja, realmente não traz felicidade!

Acumular em busca de prazer e realizações que nos faltam em outras áreas da vida nos oferece apenas um prazer efêmero e ilusório.

A verdadeira busca pelo prazer começa no autoconhecimento, onde descobrimos nossos medos, frustrações e propósitos. Somente a partir disso é possível começar a destinar nossos esforços e investimentos financeiros para o que realmente nos traz felicidade, prazer e uma satisfação plena e duradoura.

Assim, para nos libertarmos das falsas sensações e sentimentos ilusórios que o acúmulo de bens nos traz é preciso nos livrarmos dos nossos medos, buscar o autoconhecimento e entrar em contato com nossos sete níveis de motivação humana para descobrir onde estão nossos propósitos, e nossas verdadeiras realizações pessoais.

Reflita sobres seus medos e livre-se dos sentimentos negativos que o acúmulo de bens nos traz! E aproveite para seguir nossas redes sociais e ter acesso a outros conteúdos como este — estamos no Facebook, no YouTube e no SoundCloud!

 

Escrito por

Sílvia Pahins

Especialista em Negócios Digitais
Fundadora do Instituto ECP


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