O que espiritualidade tem a ver com empreendedorismo?

Silvia Pahins

segunda-feira, dez 04

Direto ao ponto e sem enrolação: o que você precisa para criar seu negócio como mentora na internet.

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Alguma vez você parou para pensar na relação entre espiritualidade e empreendedorismo?

A princípio, a livre associação da mente pode nos trazer a imagem de pessoas ou mundos muito diferentes, mas, na verdade, uma não exclui a outra, e sim se complementa.

Neste artigo, queremos unir esses dois aspectos importantes da vida para refletir sobre algo cada vez mais buscado nos dias atuais: autorrealização, ou simplesmente felicidade, sem restrições e sem ilusão.

Vamos te mostrar que espiritualidade tem a ver com empreendedorismo e que é uma combinação que pode trazer mais leveza e satisfação para a sua vida e o seu trabalho. Quer saber como? Então continue a leitura!

O descompasso do estilo de vida predominante

Não é novidade que hoje em dia, mesmo com tanto conhecimento disponível, a maior parte das pessoas se encontra longe da felicidade genuína. Neste vídeo de Steve Cutts, somos levadas, de um jeito até chocante, a pensar sobre o que estamos fazendo e o que estamos permitindo que façam conosco.

Estamos escolhendo fazer parte disso inconscientemente, e aparentemente as coisas são assim e não podem ser mudadas. Mas será que isso é verdade? Será que estamos aqui para vivermos tão desconectados e abrir mão da nossa própria humanidade, da nossa capacidade de sentir e de viver de acordo com nossos próprios valores?

Prem Baba, no início do seu livro Propósito – A Coragem de Ser Quem Somos, descreve a nossa condição atual como humanidade:

Talvez o maior infortúnio do ser humano tenha sido, em algum momento da sua jornada, ter acreditado ser o centro da criação. Nossa inteligência nos proporcionou muitas conquistas. Conseguimos um certo domínio sobre a matéria e com isso passamos a agir como se a natureza existisse somente para nos servir. O ego, enquanto símbolo da individualidade, tomou conta da nossa experiência na Terra. Essa visão limitada nos conduziu ao esquecimento de quem somos e do que viemos fazer aqui. E hoje sofremos de uma profunda doença chamada egoísmo, que nos leva a manifestar um grau insustentável de desrespeito à natureza e aos outros seres humanos, além de uma profunda ignorância em relação ao significado da vida.

 

No decorrer dos séculos, temos usado nossa inteligência para reafirmar essa visão autocentrada e para provar que somos superiores a tudo e a todos. O ego, que é apenas um veículo para a experiência da alma neste plano, tornou-se o imperador máximo, e o individualismo tomou proporções brutais.

 

Perdemos a conexão com nossa identidade espiritual e com a própria razão de estar aqui. Deixamos de nos questionar sobre o sentido da vida, e isso aprofundou o esquecimento da nossa essência e dos valores intrínsecos a ela.

Fomos educadas para servir a um sistema que não só não estimula desenvolver autoconhecimento, como também desvaloriza a expressão de sentimentos e emoções, que considera fraca a pessoa que pede ajuda e reconhece os próprios erros, e valoriza a completa omissão das necessidades pessoais (e – por que não? – da alma) em favor de interesses financeiros.

Muitas de nós fomos levadas a acreditar por muito tempo que o coração não é um órgão inteligente e tampouco uma referência confiável para as nossas escolhas. A mente, sim, é a que faz as “coisas certas”. Felizmente, sabemos que não é assim, e que o coração é bem mais inteligente do que a mente no que diz respeito às emoções.

Os nossos valores, o sentido da vida e o bem-estar estão intimamente ligados ao nosso coração. O aumento da incidência de doenças psicoemocionais, como depressão, síndrome de pânico, crise de ansiedade, vícios e compulsões é um sinal evidente de que excluir as emoções da vida, da nossa educação e do ambiente de trabalho não funciona. Reforça a necessidade de voltarmos a olhar para as nossas emoções e sentimentos como pistas para o caminho de volta ao nosso coração.

Quem sou eu, o que vim fazer e por que estou aqui?

Diante de tanta desconexão, da falta de sentido da vida cotidiana, é natural se questionar:

Quem sou eu?

De onde vim, para onde vou?

Por que estou aqui?

Quem nunca se fez essas perguntas em momentos que parecia não haver saída ou que nada estava saindo como gostaria? Elas nos levam para o ponto seguinte, a espiritualidade, e a porta de entrada para ela é o autoconhecimento.

A proposta da espiritualidade é de trilhar o caminho de volta ao nosso coração, pois é nele que se encontra a nossa ligação direta com algo maior – que as religiões, cada uma a seu modo, buscam explicar e sistematizar de acordo com suas regras e dogmas. Nossa intenção aqui não é de falar do ponto de vista religioso, e sim o prático.

Autoconhecimento, espiritualidade e empreendedorismo com propósito – tarefas e anseios da alma

Como foi dito até aqui, nosso coração é o centro das nossas emoções e sentimentos. Espiritualmente, ele também abriga a nossa sabedoria inata – aquilo que trouxemos de um outro lugar que não este planeta. Então, deveríamos dar mais atenção a ele do à mente quando desejamos nos alinhar com o nosso propósito de vida.

Nós estamos neste mundo, mas não pertencemos a ele. Viemos de uma mesma fonte que criou e mantém tudo o que existe. Temos um potencial inimaginável de criação e materialização, e com ele viemos cumprir tarefas de evolução individual e coletiva. Esse potencial é o que alguns chamariam de dom, dharma, vocação, benção divina…

Essas tarefas são o que compõem o nosso propósito de vida. Há tarefas que todo mundo tem e tarefas que só nós escolhemos para realizar e que podem impactar o todo. Essas últimas são as que podem nos ajudar a criar um trabalho de valor, seja um negócio ou não, e que vai nos fazer sentir aquela felicidade que citamos lá no início, lembra?

Desafios que nos levam de volta ao coração

Só que no caminho de nascer, crescer e chegar ao momento de colocar nossa luz para brilhar no mundo, nós passamos por diversas experiências. Muitas delas causam esse esquecimento que o Prem Baba fala no seu livro. Nós esquecemos por que viemos e quem somos, começamos a viver conforme nos falaram e entramos no piloto automático.

Mas, felizmente, temos a pista de um propósito básico: estamos aqui para sermos felizes. E quem nos mostra se estamos no caminho ou não? O coração! Ou seja: a espiritualidade pode estar sempre com a gente nos ajudando se nos dedicarmos a perceber o que faz o nosso coração vibrar. E viver e trabalhar com essa sensação é o que garante uma vida com propósito.

Empreendedorismo e espiritualidade têm tudo a ver!

E por que não fazer seu coração vibrar empreendendo? Escolhendo a vida que você deseja ter? É por isso que a gente disse: espiritualidade na prática tem tudo a ver com empreendedorismo! Você pode ser quem você é e cumprir seu propósito através de um trabalho seu, fazendo do seu jeito, se sentindo feliz por estar fazendo o que veio fazer e ainda ajudando o mundo a ser um lugar melhor. Porque quando todos nós pudermos ser quem nós somos e entregar sua luz ao mundo, não estaremos mais na mesma realidade que vivemos hoje.

O autoconhecimento nos leva a compreender que somos empreendedores da nossa própria vida, mas antes somos seres espirituais que vieram ter uma experiência humana e deixar sua marca no mundo, melhorá-lo e oferecer algo para a humanidade. E isso é realizável a partir de uma mentalidade aberta a mudanças, aprendizados e riscos.

Faz parte a gente se sentir perdido, mas não faz sentido continuar assim uma vida inteira. Se você ainda está lendo esse artigo, é sinal de que acredita que toda vida tem um propósito.

Como já dissemos nesse outro artigo, empreender é muito mais do que abrir uma empresa, é você tomar as rédeas da sua vida, começar a olhar pra dentro de você, buscar elevar o nível de consciência das suas escolhas e decisões, é deixar de seguir a manada e começar a criar a vida que você quer realmente viver.

Como descobrir seu propósito?

Se as respostas que buscamos podem ser encontradas com a guiança do nosso coração, descobriremos o nosso propósito se olharmos para dentro. Não há outro caminho. E se o autoconhecimento é a porta que nos leva até ele, só nos resta investir em processos que nos ajudem a nos conhecermos (ou nos reconhecermos). E para isso vale tudo, até atividades que talvez você nem considere importantes.

Processos de autoconhecimento

Há processos de autoconhecimento tanto quanto há estrelas no céu, para todos os estilos, necessidades e afinidades. Abaixo relacionamos alguns.

Coaching

Você, com certeza, já ouviu falar dos benefícios do coaching em algum momento da sua carreira. Ele tem o potencial de ajudar a tornar as descobertas mais claras e intensas.

É uma metodologia que une técnicas e ferramentas com base científica e de resultados comprovados para ajudar um indivíduo a entender melhor quem ele é e o que ele busca. Com base nos aprendizados, esse método ainda tem como objetivo prover meios para melhorar o desempenho de sua vida pessoal e profissional.

Em outras palavras, o/a coach desempenha o papel de guia que ajudará você a entender melhor quais as suas habilidades e pontos que precisam ser melhorados e a organizar seus objetivos e metas. Dessa forma, a partir de um planejamento bem estruturado e, com o apoio desse profissional, você conseguirá desenvolver todas as áreas de sua vida e conquistar excelentes resultados.

Terapias Holísticas

Nunca se falou tanto sobre o efeito das emoções na nossa saúde física e sobre a necessidade de inserir hábitos à rotina que promovam bem-estar e uma relação mais próxima com o coração, a fim de desenvolver a inteligência emocional. Mas não é só mente e coração que importam para as terapias holísticas.

Sabemos que os problemas de hoje são muito desafiadores. Tanto do ponto de vista material como espiritual, as causas podem ter origens diversas, e poder investigá-las é fundamental para o tratamento. Foi nesse contexto que surgiu a visão holística do ser humano. Atualmente, profissionais de diversos setores da saúde a consideram na hora de tratar pessoas com as mais variadas doenças.

O termo “holístico” vem do grego holus, que significa todo, inteiro. Desse modo, dentro dessa visão, o indivíduo é tratado de forma global, considerando seus aspectos físico, mental, emocional, espiritual e energético. Isso quer dizer que corpo, mente e alma estão interligados, por isso, todos esses elementos são considerados, concentrando-se nas causas das doenças e não apenas nos seus sintomas.

Seu objetivo é despertar no próprio indivíduo os recursos necessários para alcançar a autorrealização por meio do despertar de consciência. Uma vez desperto, ele encontrará meios de enfrentar seus problemas de forma harmoniosa.

Existem diversos tipos de terapias e cada uma tem seu modo de atuação e benefícios. Dentre as técnicas mais conhecidas, podemos citar:

  • Acupuntura;
  • Reiki;
  • Yoga;
  • Meditação;
  • Florais;
  • Aromaterapia;
  • Cromoterapia;
  • Massoterapia;
  • Radiestesia;
  • Cura Prânica;
  • ThetaHealing;
  • Access Consciousness®;
  • e por aí vai…

Algumas técnicas atuam no sistema energético da pessoa visando o equilíbrio vibracional, para posteriormente alcançar mais benefícios. Outras aparentemente têm atuação física, mas ajudam a alcançar equilíbrio emocional e espiritual, como é o caso da yoga.

Basicamente, o terapeuta faz uma anamnese para descobrir os aspectos que precisam ser trabalhados no paciente. O profissional não concentra sua atenção nos sintomas físicos, mas na origem deles, já que, para ele, o tratamento deve começar de dentro para fora, e não o contrário.

A intenção é curar a questão pela sua origem, que, na maioria das vezes, é emocional, mental e até mesmo espiritual. Porém, a terapia holística é um complemento à medicina tradicional e não deve substituí-la.

Resgatar aquilo que sempre amou fazer

Hobbies

Sabia que aquele seu passatempo pode estar escondendo o seu talento? Ele pode se tornar o negócio da sua vida e te render muitos frutos, não só financeiros como também emocionais. Duvida? Você pode ler sobre, por exemplo, histórias de blogueiras de moda que hoje faturam alto com coisas que faziam como hobbie e, com o passar do tempo, se tornaram um grande sucesso.

O que você amava fazer quando era criança?

É possível trabalhar com aquilo que ama e se sentir satisfeito de todas as formas. Resgate o que você amava fazer quando era criança. Não se lembra mais? Pergunte para seus familiares, amigos, eles podem te ajudar.

Qualidades pessoais

Você já parou para refletir sobre as suas qualidades? Todos nós temos pelo menos uma que não precisa ser, necessariamente, algo que fazemos com um objeto. Por exemplo: você pode ser ótimo em ouvir as pessoas e em dar conselhos. A qualidade pode ser qualquer coisa que você tenha.

Se você não consegue identificar alguma, peça para algum amigo, conhecidos ou familiares descreverem o que mais gostam no seu jeito de ser e o que te faz tão diferente da maioria.

No que você é realmente boa mas não reconhece?

Já trabalha? Comece a pensar no que mais gosta de fazer durante o seu expediente. Por exemplo: você se sente melhor trabalhando de forma isolada ou no meio de muita gente? Gosta de lidar com as pessoas ou prefere fazer as coisas de forma independente? Gosta de mexer com papéis ou tem pavor da parte burocrática?

Tudo isso precisa ser analisado. Se você ainda não souber as respostas para essa pergunta, pare um pouco para analisar enquanto estiver trabalhando. Pense no que você tem mais facilidade, naquilo que não te demanda muito esforço e no que você faz de forma natural, sem muita dificuldade.

Parar de se comparar com o outro

Você se lembra, na sua infância, quando você queria fazer algo — geralmente por influência dos seus amiguinhos — e sua mãe bradava: “você não é todo mundo”? Ela sempre teve razão.

Você é uma pessoa única, com suas qualidades e defeitos, assim como todas as outras são. Nós sabemos que é muito difícil deixar de se comparar com os demais, porém experimente controlar esse impulso.

Nas redes sociais, por exemplo, é muito comum que as pessoas postem somente coisas boas a respeito de si. Isso leva os demais a enxergarem como alguém que se encontra plenamente feliz e a acreditar na “farsa da grama do vizinho”. A realidade pode ser outra e vocês talvez não estejam satisfeitos com suas vidas.

Portanto, em vez de se martirizar pelo que o outro tem ou deixa de ter, foque somente em sua vida. Libere a negatividade e dê espaço para a gratidão.

Por que empreender com propósito?

Como dissemos antes, estamos aqui para sermos felizes e, como seres espirituais vivendo uma experiência humana, esse é um dos propósitos de vida mais básicos que temos o direito de cumprir. Realizar aquilo que faz o nosso coração vibrar é um claro sinal de uma vida feliz e alinhada com o seu ser.

Sendo assim, que motivo maior poderíamos dar para empreender com propósito senão sentir que está realizando a própria missão de vida, e não mais executando tarefas que tiram o brilho do olhar e que não fazem mais o menor sentido?

E o que vem incluso no pacote:

Você se realiza muito mais

Você se sente no lugar certo, na hora certa, realizando tudo o que tanto ama e, assim, se sente grato. E essa gratidão só alimenta mais amor e realização.

Você se alinha com os seus valores pessoais

Tudo o que é importante para você faz parte da sua rotina. O que você pensa, acredita, diz e faz se alinham e assim sua vida se torna coerente e uma expressão de quem você é.

Você entra no estado de fluxo

Ao cumprir seu propósito, é inevitável que você use seus talentos naturais. Tudo fica tão fácil e leve que você entra num estado de consciência que o tempo voa e você acessa o fluxo de criatividade e abundância que existe para todos nós.

Sabe aquela sensação de que vai chegar o Natal, mas não acaba o mês? Então, é o estado de flow é inversamente proporcional a isso: quanto mais usa os talentos, mais rápido o tempo passa.

Maior contribuição com o mundo

Junte tudo o que falamos aqui nos outros tópicos. Qual o resultado? Você gerando luz no mundo, que se espalha, inspira e ilumina outras pessoas que estão buscando sentido na sua vida. Essa é a contribuição mínima que você pode trazer para o mundo.

Mas a possibilidade de sermos luz ainda nos assusta. Como diz Marianne Williamson, no livro A Return to Love:

Nosso maior medo não é o de sermos incapazes.
Nosso maior medo é descobrir que somos poderosos além da medida.
É nossa luz, não nossas trevas, que mais nos assusta.
Vivemos nos perguntando: quem sou eu para ser brilhante, lindo(a), talentoso(a) e fabuloso(a)?
Na verdade, quem é você para não sê-lo?
Você é uma criança de Deus.
Fazer-se menor não serve ao mundo.
Não existe iluminação em diminuir-se para que outros não se sintam inseguros à sua volta.
Nós nascemos para manifestarmos a glória de Deus dentro de cada um de nós.
E não é apenas em alguns de nós. É em todos nós.
E à medida que deixamos nossa luz brilhar, inconscientemente damos permissão às outras pessoas de fazer o mesmo.
À medida que nos libertamos do medo, nossa presença automaticamente liberta os outros.

Então, mais do que nunca, precisamos do amparo do autoconhecimento e da espiritualidade para sermos a luz que viemos ser no mundo. Além de sermos felizes, nosso propósito de vida é o de superar nossas dificuldades internas e nos curarmos do medo, insegurança, pessimismo, ansiedade, baixa autoestima e falta de autoconfiança.

Somos muito mais poderosos do que imaginamos! Parafraseando Gandhi, o que estamos esperando para ser aquilo que esperamos ver no mundo?

Esse artigo é apenas o começo! Que tal se aprofundar no seu autoconhecimento? Você pode começar agora com este e-book gratuito. Para baixá-lo, é só clicar AQUI.

Você já está realizando algum processo de autoconhecimento? Responde para nós aqui abaixo nos comentários. Se você gostou desse artigo, não deixe de compartilhar nas redes sociais.

Escrito por

Sílvia Pahins

Especialista em Negócios Digitais
Fundadora do Instituto ECP


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