A meditação como uma forma de buscar autoconhecimento

Silvia Pahins

sexta-feira, out 13

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O esgotamento mental e emocional é praticamente uma epidemia do mundo contemporâneo. Muitos profissionais de diversas áreas e com diferentes níveis hierárquicos dentro das organizações sentem-se exaustos e desanimados com seus empregos. Para encontrar um trabalho (ou criar um negócio) que esteja genuinamente alinhado ao seu sonho e propósito de vida, o primeiro passo é buscar autoconhecimento.

Mas o que o autoconhecimento tem a ver com a minha vida profissional?

Este é um processo que a levará a identificar e a definir com confiança quais são seus desejos e objetivos de vida. E isso, é claro, se aplica também em sua carreira. É fundamental ter perseverança para se entender e se questionar. A maioria das pessoas passa a vida em empregos insatisfatórios do ponto de vista emocional. Com frequência, a principal desculpa para não mudar esse cenário é a segurança financeira.

A verdade é que é preciso ter coragem para buscar autoconhecimento e entender seus verdadeiros anseios pessoais. Não se prive de passar algum tempo com você mesma, refletindo e observando seus pensamentos, sentimentos e emoções mais profundas. Mesmo que, em um primeiro momento, isso pareça perda de tempo, dedicar alguns minutos do seu dia a essa jornada trará inúmeros benefícios — entre eles, a redução do estresse e a melhora da sua qualidade de vida.

Dito isto, vale lembrar que o processo de busca por autoconhecimento não é fácil, mas existem ferramentas que podem ajudar e uma delas é a meditação.

Meditação: uma jornada de reflexão e aprendizado

A meditação nada mais é do que a observação do seu eu interior. Não importa quais são suas crenças religiosas, pois a meditação não tem nada a ver com isso (embora seja uma prática frequente em muitas doutrinas, especialmente nas tradições orientais). Meditação é consciência e atenção plena em si mesmo. É uma ferramenta que pode ser aprendida e incluída nas atividades do dia a dia.

Ao meditar, você silencia sua mente. É esse espaço vazio criado dentro da sua cabeça que permite a observação de si. Você passa a ter maior consciência do que está acontecendo no seu interior, consegue identificar como e quando as emoções se manifestam e quais são suas reações às mais diversas circunstâncias do mundo exterior.

Todos esses movimentos de atenção ao que acontece com seu eu interior levam à identificação de defeitos, inseguranças, qualidades e potenciais a serem explorados. Ou seja: a prática da meditação se traduz em uma jornada de reflexão e aprendizado. E o aprendizado mais importante é aquele que cria as condições para o autoconhecimento pleno, ciente dos seus desejos e livre de julgamentos.

Como começar a meditar

Outro mito acerca da meditação é associá-la a pessoas ou situações místicas. A meditação é uma ferramenta que está ao alcance de todos. Quem está começando a meditar pode sentir alguma dificuldade de concentração no início do processo, pois é natural que pensamentos aleatórios lhe distraiam durante a prática. Apesar disso, não desista!

Escolha um espaço silencioso (a quietude do ambiente ajuda a diminuir o risco de distrações), sente-se confortavelmente e feche os olhos, prestando atenção à sua respiração. Observe seus pensamentos surgirem, bem como suas reações a eles. Cada vez que você se perceber dispersa, volte gentilmente a prestar atenção na sua respiração. Aos poucos, a meditação se tornará natural para você.

Liberação do estresse: benefícios da meditação

Mudar sua atitude interior é o segredo para diminuir o estresse. Esse problema está frequentemente ligado à maneira como lidamos com as circunstâncias ao nosso redor. Pode-se dizer que o estresse vem mais de um cansaço mental do que físico. O exemplo mais comum é a corrida. Dificilmente alguém fica estressado ao correr uma maratona, embora o esforço físico tenha sido imenso. O que causa este mal são as condições mentais que nos cobram e nos pressionam rotineiramente.

Mas como a meditação é capaz de liberar esse estresse? Digamos que o “modo operacional automático” de todo ser humano é se antecipar às situações e aos problemas, criando uma ansiedade desnecessária que se traduz em estresse.

Na meditação, você aprenderá a ficar consciente de si mesma. Essa consciência abre espaço para sua mente trabalhar com tranquilidade. Os problemas não surgem na sua cabeça até que eles não existam efetivamente no mundo real. Isso reduz consideravelmente sua carga de estresse.

Qualidade de vida: o grande trunfo da meditação

Além de ajudar na liberação do estresse, a meditação traz outro benefício: aumento da autoestima. O conhecimento das suas emoções permite que você tenha um controle maior sobre suas ações. Consequentemente, esse controle traz maior segurança e sua autoestima em lidar com diversas situações e pessoas também aumenta.

A meditação traz ainda uma grande força mental. Se antes você tinha medo ou lidava com críticas de maneira reativa, depois da meditação você verá que vai passar a se sentir muito mais confortável com o que os outros falam de você.

Aliás, são grandes as chances de que você se desapegue das opiniões alheias para viver seus sonhos com coragem e criatividade. Tudo isso, é claro, não acontecerá imediatamente, assim que você começar a meditar. É preciso criar um espaço forte de consciência de si mesma para sentir os efeitos da meditação no seu cotidiano.

Buscar autoconhecimento por meio da meditação é uma jornada que demanda coragem, disciplina, bastante foco e um pouco de paciência. Algumas pessoas começam a meditar, mas desistem muito cedo porque acreditam que a prática vai lhes trazer resultados imediatos, mas não é bem assim. Meditar requer um pouco de perseverança, pois você vai criar um hábito que abre espaço para um ritmo de vida diferente, longe da profusão acelerada de pensamentos.

É importante persistir nessa jornada de busca por autoconhecimento. Aos poucos, você perceberá mudanças em suas atitudes, o que se traduzirá em maior segurança, confiança em lidar com os seus sentimentos e os sentimentos dos outros e coragem para empreender em novos caminhos.

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Escrito por

Sílvia Pahins

Especialista em Negócios Digitais
Fundadora do Instituto ECP


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