3 razões pelas quais você não vai descobrir seu propósito

Silvia Pahins

quarta-feira, jan 24

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O tema propósito de vida tem sido discutido há bastante tempo entre a galera do empreendedorismo. Neste blog, já trouxemos essa questão, mais recentemente no artigo que falamos sobre empreendedorismo e espiritualidade. Dissemos que há diversas formas de se conhecer e encontrar o propósito. Mas e se a gente não estiver no caminho certo?

Neste artigo, vamos falar sobre 3 razões pelas quais você pode não descobrir seu propósito e até se distanciar dele. Apesar de estas não serem as únicas razões, elas já podem ajudar a prestar atenção se você está seguindo por um caminho que lhe levará aonde deseja.

#1 – Olhar para fora e não para dentro de si para encontrar o propósito (ou não buscar autoconhecimento)

Jung já dizia que quem olha para dentro acorda, mas sonha (ou se ilude) ao olhar para fora. Ele quer dizer que a única forma de se tornar consciente de si mesmo é se conhecendo, e o propósito começa a ficar claro à medida que alguém se conhece.

E quem é você? Difícil responder de supetão, não é? É por isso que buscar autoconhecimento é algo tão importante. Elaborar uma imagem mais real de si e com mais profundidade do que apenas se definir por aquilo que fazemos ou por algo externo a nós é um processo que leva tempo, e vamos adquirindo clareza aos poucos.

Infelizmente, não conseguimos descobrir quem somos só olhando para o que aprendemos ao longo do tempo, para esse aprendizado que vem de fora. Desde pequenas, somos ensinadas a seguir o que “os mais velhos” nos dizem para fazer, e acabamos moldadas por normas sociais, que até certo ponto são necessárias, mas, por outro lado, podem nos prejudicar quando esse processo se estende para algo tão pessoal quanto o propósito da nossa vida.

A maioria das pessoas que nos orientaram, mesmo com boas intenções, escolheu nos colocar dentro de compartimentos que faziam mais sentido pra elas e não para nós mesmas – se você teve uma experiência diferente, considere-se uma sortuda. Para ganhar a aprovação delas, a gente se sujeitou a caber nesse quadrado. Para manter essa aprovação e recompensa social, nos condicionamos a negar muitas vezes quem somos. E acabamos como uma vez disse o filósofo Soren Kierkegaard: escolhemos ser outro indivíduo menos nós mesmas, e experimentamos o desespero e angústia. Parece que ele, apesar de ter vivido na primeira metade do século XIX, já sabia dos dramas do nosso tempo.

#1.1 – Escolher uma carreira/profissão sem ouvir um chamado interior

Essa seção fala mais de um resultado por não buscar autoconhecimento do que de uma razão em si. Por seguir apenas as recomendações de fora sem levar em consideração os talentos, gostos e interesses pessoais, a frustração pode chegar quando menos se espera.

Já na adolescência, começa uma cobrança por definição. Nos últimos anos do ensino médio, há toda a pressão dos pais, amigos e da sociedade por uma carreira definida e que, de preferência, garanta um futuro bem-sucedido em pouco tempo e uma vida financeira estável e tranquila.

Pelo ponto de vista da sociedade (ou dos meios de comunicação de massa), a imagem e o conceito de sucesso se reduziu a uma checklist de requisitos como: formar-se no colégio e na faculdade, conseguir um(a) companheiro(a), ter filhos, ficar tranquila num caminho profissional bem definido e esperar até se aposentar (que ficou um pouco mais difícil recentemente…).

Essa estrada aparentemente bem pavimentada e sem surpresas inspira mais acomodação do que entusiasmo e propósito. Fomos moldadas a não sermos mais do que querem que a gente seja. Foi imposto um medo de não corresponder a expectativas, de errar e assumir que fizemos uma experiência, e com isso, deixamos de aprender algo além do que existe em teoria. Estamos tão ocupadas evitando sair da caixa em que concordamos silenciosamente em estar que nos esquecemos de que a felicidade e realização pessoal ficaram presas em algum canto escuro.

E como reencontrá-las? Começa com a curiosidade por coisas antigas ou novas que despertam interesse, que depois se transforma em gosto, paixão, que você simplesmente não se podem mais deixar de fazer.

#2 – Não gostar do silêncio e nem cultivá-lo para achar o propósito

Para muitas pessoas, o silêncio ou é uma angústia ou uma perda de tempo. Somos estimuladas à ação compulsiva e à conquista imediata – essa é a base do sucesso concebido pela sociedade. Mas, para conhecer a si mesma e ouvir o que o coração fala bem baixinho para nos ajudar na busca do propósito, é preciso silenciar. É só nesse silêncio que é possível descobrir a essência da sua própria vida, por mais “viagem” que isso pareça. Sem silêncio, não há caminho para dentro. Uma forma muito usada para cultivá-lo é a meditação.

Embora algumas pessoas se saiam bem pessoal e profissionalmente sem esse silêncio, se prestarmos atenção, vamos perceber que elas o cultivam de alguma maneira por meio de momentos de contemplação, com bastante frequência. Enquanto a experiência de estar preenchido do seu próprio propósito é calmante e satisfatória, que já favorece esse momento de silêncio, a experiência de estar fora do seu caminho (mesmo que você esteja se dando muito bem) traz angústia e inquietação; por esse motivo, fazer silêncio dentro de si se torna uma prática aflitiva e incômoda e, assim, você rejeita a situação de confronto com a própria sabedoria interna e a percepção do que está tão nítido. No fim, não fazer silêncio torna-se uma fuga da própria consciência.

Por isso, apesar de ser um momento muito desafiante, fazer silêncio é fundamental para nos alinharmos, ouvirmos as nossas próprias respostas e não perder o rumo do nosso caminho pessoal. No fundo, nós já sabemos de tudo o que precisamos fazer para sermos felizes. Experimente fazer uma meditação e quando sentir que entrou no espaço de silêncio interno, pergunte a si mesma: “Eu estou satisfeita e feliz com a minha vida?”. Espere pela resposta e comece a se investigar.

A Renata Leão, minha aluna do Programa Empreenda com Propósito, começou a ter clareza de que precisava fazer algo na sua vida após diversas meditações que realizou durante um momento muito difícil na sua carreira. Foi a partir daí que começou a agir na direção do seu propósito de vida e hoje se sente muito realizada.

#3 – Ter medo do desconhecido (ou da sombra) em si mesma e rejeitar-se

Nessa autoinvestigação, a tendência é de se deparar com uma grande quantidade de sensações e imagens indesejáveis de si mesma. A reação mais rápida é a de simplesmente não querer ver, deixar para lá, ceder à procrastinação.

Conhecer, aceitar e crescer com o próprio lado sombrio é geralmente uma consequência do trabalho interno realizado com dedicação, seja através de terapias, meditação, outras práticas, ou uma combinação de tudo isso. Nossa prática comum e amplamente encorajada é a de produzir uma máscara pessoal que encobre e rejeita algo “ruim”, “negativo”, ou traços de fraqueza ou maldade ou escuridão em nossa personalidade. Dessa forma, mantemos todas as partes renegadas de nós na sombra, como definiu Carl Jung.

A sombra é o lado da personalidade que não se quer que os outros vejam. É composta pelas deficiências, falhas, motivações egoístas. A maioria de nós evita isso antes que qualquer um possa ver. Mas há uma coisa que poucos sabem: a parte mais escura de si mesma tem a maior quantidade de coisas para lhe ensinar sobre seu propósito.

Como assim? Se ao se conhecer você também descobre seu propósito (e vice-versa), isso quer dizer que sua escuridão lhe mostra onde você mais precisa crescer. Mais importante ainda, ela mostra com quem você mais precisa aprender, porque é com as pessoas de quem você menos gosta que você tem mais a aprender sobre si mesmo, pois elas mostram nas atitudes delas muitas das partes que você rejeita em si e  compõem a sua própria sombra. Mas a maioria de nós ignora o lado sombrio. Em vez disso, buscamos relacionamentos onde nos sentimos confortáveis, que reforcem as imagens ultrapassadas de nós mesmas.

Nesse modo de viver em que se evita o autoaprimoramento e o resgate dessas partes na escuridão, além do que foi dito no item 1.1, há também uma busca pela aprovação externa/dos outros, como uma maneira passageira de ter autoestima e relevar as partes rejeitadas em si mesmas, como se elas não existissem. Mas logo voltam as emoções conflitantes que sinalizam de que você está apenas se enganando e perdendo um tempo precioso.

Você está disposta a sair desse estado e começar a mudar de vida? Então inscreva-se aqui para a Jornada Gratuita Empreenda com Propósito, onde vou lhe ajudar a iniciar esse processo de autoinvestigação para encontrar o seu propósito e empreender a própria vida.

Reconheceu algum sinal de que você está se distanciando ou se aproximando do seu propósito? Comente aqui abaixo. Compartilhe este artigo com alguém de quem se lembrou durante a leitura,

Escrito por

Sílvia Pahins

Especialista em Negócios Digitais
Fundadora do Instituto ECP


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