Quem não quer crescer na profissão rapidamente, ter uma posição de destaque e liderar uma equipe? Essa é, muitas vezes, a imagem do sucesso que nos vendem e costumamos desejar sem questionar. Mas e se esse trabalho não nos alimenta e nos afasta de quem realmente somos? Como lidar com isso?
Muitas pessoas simplesmente não se dão conta dessa situação e preferem continuar a vida perseguindo esse sucesso, e todos os reveses envolvidos são resignadamente aceitos – afinal, “é assim mesmo”, e há uma sequência de crenças inconscientes que nos vinculam a esse estilo de vida e ao modo piloto automático.
Outras pessoas, por outro lado, sentem que há algo errado em se fazer mal, em se sentir preso a uma vida sem sentido, e fazem algo a respeito. É o caso da Renata Leão, jornalista que, em pouco tempo, alcançou o cargo de diretora de comunicação, e seguiu acumulando uma experiência de mais de uma década liderando equipes em uma das principais empresas de comunicação do Brasil.
Mas houve um momento em que essa vida tão bem sucedida começou a lhe machucar. Seus mais de 15 anos investidos em autoconhecimento foram determinantes para fazer a travessia de largar a carreira para empreender. No meio do caminho, encontrou e fez parte do Programa Empreenda com Propósito, que lhe ajudou a juntar as peças do seu quebra-cabeças e materializar seu propósito no mundo.
Hoje, após diversas transformações e passos, Renata (Sahaja) agrega seu conhecimento em comunicação às suas atividades de instrutora de meditação, yoga e estudante de Ayurveda, a ciência da vida. É criadora do projeto Pausa Para Conectar, que une seu lado A ao seu lado B no que costuma resultar em seu melhor lado.
Trouxemos a história dela na entrevista abaixo para você se inspirar e perceber que é possível mudar de estilo de vida e reconhecer os sinais para mudar.
Como você estava quando decidiu mudar sua carreira?
Esgotada. Vivendo um esgotamento que é difícil explicar em palavras. Via pouco sentido no que fazia, em passar a maior parte do meu tempo dedicando energia, meus neurônios, minha inteligência e força de realização para coisas em que não acreditava, que não mais ressoavam em mim, nas quais não via um propósito, uma razão maior.
Isso, somado ao pouco tempo em casa com família e filhos, a uma demanda bastante estressante, me levou a ter baixas de saúde. Justo eu, que sempre me cuidei tanto com alimentação saudável, meditação, yoga. Estava tendo crises constantes de labirintite. Chegava à noite em casa e chorava. Dormia e acordava com uma sensação horrível de estresse correndo nas veias.
Quando me dei conta de que essa sensação não passava, me recolhi. Diminuí um pouco outras atividades que tinha, aumentei minha prática de meditação. E fui parar num lugar muito desconfortável de se estar: um encontro comigo mesma, que me dizia que era a hora de ter coragem de mudar. E que se eu adiasse, o que teria pela frente era uma espécie de buraco negro que só me afastaria cada vez mais de mim mesma.
Qual foi o momento da decisão? O que aconteceu?
A decisão de pedir demissão do meu emprego (era “diretora de núcleo” em uma empresa muito bacana, uma grande referência no meio da comunicação e da produção de conteúdo com qualidade) veio gradualmente, ao longo de um ano.
Fui tendo conversas com meus chefes, para, em um caminho de honestidade e clareza, dizer a eles que não estava mais vendo sentido no meu trabalho, à medida que minhas outras áreas de interesse cresciam. Me permiti, pela primeira vez, vulnerabilizar. Dizer a eles que não estava bem, que não estava segurando a onda.
Nessas conversas, meus olhos enchiam de lágrimas e, nas tentativas respeitosas e carinhosas da parte deles de me mostrar vantagens em permanecer, meu coração apertava. Eu sabia que não ia ter jeito: era chegada a hora de mudar. De fazer um caminho em direção a mim e colocar no mundo algo que fosse a união de tudo o que penso, sinto e acredito.
Nesse caminho de honestidade, nesse momento de ir em direção a uma vida com mais coerência aos meus valores, uma verdadeira “limpa” começou a acontecer na minha vida. Não só profissionalmente, mas nas relações pessoais. Tomei coragem de deixar para trás tudo e todos que não agregavam, que não me davam força para que eu acreditasse em mim mesma, na minha potência. Quando comecei a fazer esse caminho, uma força gigantesca veio de dentro de mim. E muitas pessoas ao meu redor me apoiaram tremenda e irrestritamente.
Quem te apoiou nesse momento de transição de carreira?
Quando tomei a decisão de mudar, claramente dentro de mim, vieram apoios em diversas frentes: da minha família, do meu pai (foi tão importante!), dos meus amigos (nessas horas ficou tão claro quem eram de fato meus amigos…), dos meus professores de Ayurveda (a medicina tradicional indiana, com a qual trabalho hoje).
Meus próprios chefes e parceiros de trabalho me apoiaram na decisão de fazer a transição. Porque o caminho que estava tomando era algo fortemente construído ao longo de anos, e não uma mudança de repente, “do nada”. Mas o maior apoio veio internamente mesmo, através das minhas práticas de meditação. Cada vez que terminava a minha prática, dia após dia, me vinha mais força e a certeza de que estava no caminho certo.
Tive diversos insights durante as práticas de como deveria montar o programa de meditação que uniria a comunicação e os meus conhecimentos de yoga e de Ayurveda para ajudar as pessoas a desacelerarem a mente e voltarem a ouvir – e acreditar – na voz que vem do coração (que muitos chamam de intuição). O Programa Empreenda com Propósito da Silvia Pahins, que eu estava fazendo com muita dedicação na época, me ajudou muito também.
Quais foram os principais obstáculos?
Sem dúvida alguma, lidar com meus medos. Era a hora de encará-los, de olhar cada um deles a fundo, entrar em contato, reconhecer a raiz. Acolher. Para poder caminhar. Foi a parte mais dolorida e difícil. Porque é um caminho que precisa ser feito sozinha, no silêncio, com coragem e uma imensa disposição em não se autossabotar, em não camuflar mais nada.
É um olhar com coragem para cada buraquinho. Onde foi que aquele medo começou? Para que ele tinha me servido até então? Como seria minha vida sem aquele medo? Tão paralisante? Alguns desses exercícios foram propostos pela Silvia no Empreenda. Eu incrementei-os com outros, que vêm das tradições orientais que eu estudo há anos. Mergulhei nisso, não tinha mais tempo e nem nada a perder.
De que forma o trabalho da Silvia te ajudou? O que você considera que foi mais importante para o processo?
O trabalho da Silvia me ajudou muito, em diferentes aspectos. O Empreenda com Propósito me ajudou, sobretudo, a acreditar que era possível empreender o que me move, compartilhar com o maior número de pessoas as ferramentas que tanto me ajudam a viver uma vida com qualidade e significado.
Com o Empreenda, eu entrei em contato com os meus medos e os exercícios propostos pela Silvia me ajudaram a transcendê-los. O conhecimento trazido pela Silvia me ajudou a aprender sobre negócios digitais, e mais que isso, a ter a segurança de que, quando você empreende o teu melhor, oferecendo-o para o mundo, o mundo te devolve o melhor também.
A Silvia me ajudou a criar uma mentalidade positiva, abundante e próspera em relação ao meu negócio e à vida. De uma forma muito prática (com o Supernova, programa de mentoria que ela oferece), me ensinou a estruturas meu negócio em cima dos meus reais valores, e a pensar em lançamentos e maneiras de vendê-lo, muito coerentes a esses valores.
Não à toa, eu sigo megaconectada a ela e a essa rede de pessoas que foi se aglutinando em torno dessa real possibilidade de empreender com propósito.
Hoje respondo às perguntas dessa entrevista aqui da Índia, para onde vim novamente. Dessa vez, com total liberdade de tempo, sem ter que dar satisfação para nenhuma empresa. E com infinitas possibilidades de criar novos negócios daqui, absolutamente inspiradas nas fontes de conhecimento que me alimentam. Uma sensação de liberdade que não tem preço e 13º que paguem.
Qual é o seu trabalho hoje e como você coloca seu propósito em movimento?
Com o meu projeto eu consigo usar toda a potência da comunicação para ajudar as pessoas a conseguirem, de uma forma muito, muito simples e acessível, a realmente pararem para desacelerar a mente, para dar uma pausa mesmo nessa aceleração moderna que a gente vive, muito contaminados pela urgência constante, pelas mídias sociais e por uma pressa constante.
O meu propósito é ajudar as pessoas a desacelerarem a mente para voltarem a ouvir a voz do coração. E não só ouvir, mas acreditar nela (que é o que muitos chamam de intuição – que é esse núcleo de criatividade e de força), para ajudar as pessoas a levarem uma vida mais conectada a esse núcleo do coração (e não apenas ao núcleo da mente), e consequentemente voltarem a usar a mente a favor e não contra os movimentos do nosso coração.
Dessa forma, eu posso oferecer para as pessoas todos esses conhecimentos que fazem tanto sentido para mim. Eu consigo traduzir tudo o que aprendi de uma maneira muito acessível para elas. Junto com o Ayurveda, eu uso ferramentas como a meditação, o yoga e a música – trazida pela Vivian Amarante, minha parceira de trabalho, e é uma música toda embasada numa cultura de paz, que evoca uma sutileza que ajuda as pessoas a se manterem mais conectadas com o coração e menos com a mente. A música ajuda as pessoas no acesso às respostas do seu coração.
Vale a pena empreender com propósito?
Não tenho dúvida. Tenho vivido os dias mais gratificantes da minha vida.
Mas quero deixar claro aqui que, para empreender com propósito, é necessário dar passos concretos nessa direção, criar base. Base esta que vai ser fundamental quando, no início, as coisas não saírem “certinhas” de primeira ou não te darem um baita retorno financeiro logo no início.
Quando me refiro à base, falo sobre a necessidade de um profundo mergulho em direção ao autoconhecimento. E não no sentido batido desse termo, mas no sentido de olhar com coragem para tudo que te paralisou até então, para todos os medos e insegurança. Se aproximar de pessoas que possam compartilhar conhecimento e o caminho já trilhado ajuda muito. Formar uma rede de apoio e troca de experiências, com pessoas que estão na mesma vibe e propósito que você, ajuda, e muito.
Eu acredito fortemente, e cada vez mais, que o segredo para seu negócio dar certo é fruto dessa somatória:
conhecimento + autoconhecimento + rede de apoio.
Após esse bate-papo com a Renata, você pode ver ao vídeo abaixo, em que ela contou um pouco mais sobre a sua história enquanto ainda estava em processo de transformação e aprendizado no Supernova. Aqui ela mostra como foi o Empreenda com Propósito para ela, e fala sobre sua vida pessoal e como a mudança de vida ajudou a melhorar sua relação com os filhos.
Se você deseja começar essa mudança em sua vida, clique aqui e comece a Jornada Empreenda com Propósito gratuitamente. Vamos adorar poder contar sua história neste espaço futuramente!